sabato 14 marzo 2009

Taras e Confissões


Retoquei o batom e saí apressada. Uma ajeitadinha no cabelo e a última olhada no espelho. Faltou o sorriso, imediatamente corrigi a falha. Neste negócio é preciso passar energia e entusiasmo.
Adoro trabalhar no aquário. Chamamos o quarto de ‘’voyeurs’’ desta forma. Parece fácil, mas a inexistência do contato físico não simplifica nada. A casa é bem freqüentada e perfeita para realizar fantasias. Todos os desejos tem um preço.

O castelo tem clientela fixa e uma ‘’Rainha’’ conhecida no mercado. Fora a reputação de material de primeira, ela garante total anonimato. E não mede esforços para proporcionar o melhor, sempre o melhor.
As pessoas que frequentam a casa, não estão preocupadas com o que vão gastar... e Regina sabe disso.

Minha agenda está completa.Meu primeiro cliente acaba de entrar na sala. Hoje estou usando um conjunto preto, meia-taça e calcinha pequena. A camisolinha transparente é puro fetiche.
Saltos altos e peruca ruiva. As lentes de contato me deixam com cara de gata gulosa. Imensos olhos delineados com muito lápis preto. A maquiagem pesada é essencial. Ele quer um ‘’streep tease’’ bem sensual. E uma dançarina com jeito de vagabunda.
Hora de abrir a vitrine. Sei que é uma janela imensa , mas gosto de pensar desta forma. Um vidro nos separa; protege e ao mesmo tempo, liberta qualquer censura:

- Oi Aninha, está linda hoje...dança pra mim?

Um cliente habitual. Sempre me chama de Aninha e pede as mesmas coisas.
Enquanto vou tirando as peças e toco meu corpo, tenho tudo sincronizado. Movimentos ensaiados e provocantes.
A parede transparente, permite que eu veja. Este cliente gosta de olhar e exibir a masturbação.
Quando preferem ficar ocultos, usamos um segundo vidro e apenas o observador assiste.

Vários tipos de ‘’dildos’’, estão expostos em uma mesinha. Começo pelos pequeninos. De pernas bem abertas, vou trocando de tamanhos e formatos. Todos previamente lubrificados; sei que ele está ansioso. Demoro o tempo correto, a hora está paga e deve ser cumprida.
Finalmente um monstruoso duplo, nada confortável. Ele geme de prazer, apreciando enquanto enfio o pedaço de borracha na frente e atrás.

As pernas apoiadas nos braços da poltrona. A peça demora um pouco para ser completamente acomodada. O puto, delira observando ...ligo o vibrador.
Finjo o primeiro orgasmo com perfeição , enquanto aquela coisa pulsa. Capricho nos gemidos, simulo outro gozo e ele termina. Lentamente retiro o ''duplo'', dou um sorrisinho e saio do quarto. As pernas bambas e a bunda dolorida.
Normalmente atendo cinco clientes. Mas dependendo da sorte, um habitual pode reservar todo o tempo.

Gosto do que faço, aprendi a me masturbar sozinha, aos sete anos. Levei umas chineladas e minha avó ficou apavorada. Entendi que ‘’aquilo’’ era para ser feito às escondidas.
Sexo para mim é como beber água, natural e necessário. Ao mesmo tempo, sou capaz de passar longos períodos sem gozar. Parece estranho, mas é possível ter relações sexuais todos os dias, várias vezes ao dia e nenhum orgasmo. E com os clientes? Posso afirmar, que nunca senti nada. Contudo, todos eles, saíram jurando que me deram muito prazer.

Enquanto tomo um banho demorado, os empregados arrumam o quarto. Visto o uniforme completo de normalista. Prendo os cabelos em um rabo de cavalo. Sem maquiagem, a saia pregueada na altura os joelhos. Meias e sapatos estilo boneca.
Deito na cama enfeitada de bichos de pelúcia e almofadinhas. Um senhor idoso acompanha cada movimento, está satisfeito com o cenário. É cliente antigo, dizem que foi diretor de uma grande colégio...

Tudo é previamente combinado. Uma colega entra no quarto, vestida da mesma forma. Ficamos trocando carinhos e beijos no rosto. Desta vez, vou ser a coleguinha tarada, tentando seduzir a amiguinha.
Coloco a mão no joelho da moça, vou deslizando por baixo da saia, ela recusa. Finalmente, um beijo de verdade, longo e molhado.
Desta vez, levanto a saia e deslizo até a calcinha cor de rosa. Rendada. Ela suspira e tenta impedir, mas um dedo já está dentro dela, mexendo...

Ela recua, apoiada nas almofadas. Gemendo como um gatinho no cio, deixa-se tocar, suspirando cada vez mais alto. Solta gritinhos quando arranco a calcinha e delizo entre suas pernas.
Apoiando o rosto na parte interna da coxa; forçando a língua e lambendo cada cantinho. O tempo todo, temos a preocupação, que ele assista todos os movimentos.
A outra menina tem uma flexibilidade surpreendente. Consegue ficar em posições onde expõe completamente o sexo. Ele adora a parte em que nos esfregamos. Solta grunhidos de satisfação. Fica estalando a língua, fazendo mil ruídos...
Terminamos a cena com um beijo fraternal, vestimos o uniforme e deixamos o quarto de mãos dadas. Karla é uma velha amiga. Está nesta para pagar a faculdade, o jeitinho de menina, é sempre muito solicitado:

- O que aconteceu? Não devia estar atendendo? Nem acreditei quando te vi entrando.

- Tem um cara pegando no meu pé. Regina mandou trocar com Andréa.

- Ótimo. Vamos dar um tempinho e relaxar. Você atrai cada tipo!

- Nem me fale...banho de espuma?

- Banheira de hidro!


Normalmente penso que sou uma atriz. E estou interpretando o papel de puta. Esta é minha fantasia. As meninas brincam que posso ser uma estrela pornô. Não é o que desejo.
Fiz cursos de teatro, tentei a carreira de modelo, não consegui nada expressivo. O convite de Regina foi irrecusável. Em dois anos, montei um excelente apartamento e comprei um carro zero. Vivo bem, gosto do que faço e do dinheiro que ganho.
Duas horas depois, Regina me chamou ao salão:- Oi querida, estou com um fixo importante e quero uma menina experiente. Cancelo o resto, que parece?

- Quem é o cliente?

- Ravel. Você sabe as regras.

- Nunca recuso seus pedidos. Quanto tempo?

- Ele já está sendo preparado. Esqueci um detalhe primordial . Ele quer estrear o novo brinquedinho.


Ela riu e saiu sem se despedir. Ainda é muito bonita. Idade indeterminada e muitos tratamentos. Regina tem o dom de intimidar qualquer pessoa. É um misto de postura e poder.
Falando muito baixinho, ela comanda. Não pede, exige e ordena. Não é nem um pouco tolerante. Odeia erros. As meninas pisam na ponta do pé, quando ela está aborrecida. Nunca tivemos problemas, faço a minha parte e ela paga.
Cinco escravos, observam o movimento. Usam coleiras, são como sombras atrás da dona. Eu procuro ignorar as figuras tristes. Não é a minha e não tenho nada contra.
Se eles desejam humilhação, Regina é mestra na arte. Eles veneram o chão por onde ela caminha. São leais e moram na casa.

O quarto exibe a cama de casal coberta de plástico transparente. Ravel é um sujeito grandalhão. Alto e gordo. Incrivelmente branco e limpo. As sobrancelhas são os únicos pêlos que mantêm.
Está completamente envolto em fita-filme. Como um casulo, apenas o espaço suficiente para os olhos e nariz. Até a boca está coberta, por uma camada mais fina, o que o impede de fazer qualquer ruído.
Borrifo bastante talco na calcinha de látex. Tenho alguma dificuldade, um enorme pênis, também em látex está acoplado. Caminho lentamente até o grande embrulho, ele observa....

Usando luvas, acaricio todo o corpo gigantesco. Ele bufa, contorcendo-se e suando. Desta vez devem ter usado muita fita-filme. Ele está praticamente imobilizado. Vez por outra, pressiono com força o peito na altura dos mamilos.
Uso uma tesoura e abro espaço na altura do púbis liso. Um membro pequeno e flácido surge, toco com a ponta dos dedos. Borrifo talco e inicio uma masturbação. O prazer consiste no atrito da luva de látex com a pele exposta. A resposta surge tímida , aos poucos ele corresponde, estremece e goza.

O homem dá sinais que deseja rolar de bruços. É a parte final e a mais trabalhosa. Apesar da ajuda ele está completamente enrolado em plástico. Novamente, uso a tesourinha e recorto um grande espaço na bunda carnuda.
Sem um pingo de dó, enfio o ‘’dildo’’ de uma só vez, ele treme em espasmos. Tudo que faço é exigência dele, não ouso mudar nada, apenas obedeço.
Aumento a velocidade e continuo movendo bem fundo. Neste momento, eu arranco o pedaço do plástico que cobre a boca. Ele geme, implora que eu enfie com mais força. O material é bem flexível e macio. Mesmo assim, movimento o quadril com toda a força.
Quando goza ou sente-se satisfeito, ele manda parar. Desço e saio do quarto rapidamente. Uma colega passa por mim e mostra o chicotinho: - Ravel hoje está impossível!

Tiro a ‘’calcinha-pênis’’ e entrego para limpeza. Tudo que foi usado é esterilizado em mil rituais. Este cliente tem verdadeiro pavor de germes e contaminações. Estranhamente, dizem que é médico e cientista.
Pego a bolsa e finalmente meu dia terminou. Dou uma olhada rápida no salão e está cheio de gente bonita . Homens e mulheres bebem, conversam, combinam nos reservados os pequenos detalhes. Parece uma reunião em uma casa linda e requintada.

Regina está sentada em uma poltrona estilo império, cercada de admiradores. Um dos servos, enroscado aos seus pés. Todos parecem alegres e satisfeitos. Uma amiga oferece uma taça de vinho. Recuso e agradeço. Saio apressada.
Namoradinho novo, jovem e tenro. Marcamos na porta da faculdade. Segundo encontro, ainda não decidi se vamos transar... talvez outro dia, hoje só quero beijo na boca e muito carinho.

Amanhã....é outro dia...

Nessun commento:

Posta un commento

You Tube