mercoledì 7 luglio 2010

O livro de Eli - Recensione Giselle Sato


Filmes que se passam em futuros pós-apocalípticos, com direito a lutas e ideais, são sempre um apelo fortíssimo e normalmente grandes sucessos. O livro de Eli possui um atrativo a mais: Denzel Washington em grande atuação, com direito a um final surpreendente, interpretando um enredo inteligente e reflexivo.

Repleto de mensagens subliminares, merece ser assistido sem qualquer preconceito religioso, certamente será mais um Cult e de todo coração espero que permaneça na ficção.
Quem escolhe este estilo de filme, de antemão espera assistir uma saga em um mundo inóspito, com o personagem principal lutando pela sobrevivência e com algum objetivo nobre. O que varia são as pitadas de adversidades, no Livro de Eli encontramos os sobreviventes da hecatombe e as adversidades como a fome, que leva ao canibalismo, falta de água evocando a lei do mais forte e os raios solares, um inimigo mortal que causa cegueira. Eli passa 30 invernos vagando na companhia do imenso volume que protege, vencendo vários obstáculos causados pela natureza e pelo homem. Ele segue a intuição e tenta chegar a um local onde o livro estará seguro, sem conhecer o caminho ele apenas intui a direção. O Oeste.

Eli segue carregando o último exemplar, pois todos foram queimados após a explosão que mudou o mundo e todas as cópias do foram destruídas porque crêem que ele foi a causa do caos. Incansável enquanto o resto do mundo enfrenta as trevas da ignorância, ele lê todas as noites. A nova geração só distingue as necessidades do corpo, não sabe ler e os valores do espírito não interessam nos novos tempos.
E naturalmente há um vilão à altura interpretado por Gary Oldman, o cruel Carnigie é o dono de uma cidade que comercializa água à base de escambo e mantêm a ordem usando uma gangue violenta. Os mesmos homens percorrem desertos em suas motos em busca de um livro, a verdadeira obsessão de Carnigie é obter o poder que o livro irá proporcionar ao dono. No embate temos a jovem Solara, questionando Eli sobre sua convicção e o próprio Carnigie que atribuiu poderes mágicos ao livro.

Começa a esquentar a história, nosso herói é mestre com a espada e há momentos de luta e ação que tanto gostamos nestas sagas. Ficamos imaginando qual o poder que o ambicioso tirano atribui ao misterioso compêndio, afinal desde o início pelos versículos que Eli recita, suspeitamos tratar-se de alguma escritura antiga e sagrada. Se esmiuçar a questão, vou tirar a graça da historia que é justamente entender a razão da determinação do personagem.

O livro de Eli emociona quando nos lembra do poder da palavra, do conforto que não valorizamos e perdemos, do desperdício, da importância da simplicidade e no quanto somos frágeis. No cenário devastado, o guerreiro torna-se primordial para o recomeço da sociedade, trazendo a luz da sabedoria em forma de esperança.

O filme apresenta um personagem que é a fé encarnada, a força acima do sofrimento por um ideal, a crença sem professar qualquer religião ou defender causas e apontar caminhos. O enredo é atual e um dos maiores temores da humanidade. Escolhas, valores, medos, oportunidades, salvação... E mais uma vez a Arte conduzindo, distraindo, encantando e nos fazendo refletir.
Isto é cinema e dos bons!

Nessun commento:

Posta un commento

You Tube