martedì 31 marzo 2009

Mundos Paralelos





Ao longo da linha do meridiano, somam-se vagas. Percorrendo oceanos, arrebatando sentimentos.

Fluindo em correntezas paralelas, tomando direções opostas.Consumindo as horas mortas na distancia e solidão.

Luz e escuridão permeiam horizontes sem fim.


Agonia! Bálsamo profano ardendo em luxúria. Ventos e abismos brotam em crescente...fúria!

A eternidade é conjurada no leito sagrado. Rotas se complementam e se perdem.

Em goles ávidos tomam o fel dos vícios.


Incontroláveis Desejos Inconfessáveis

Impulsos Desvios Indecentes

Infinitas Dores Imorais



Queimam no fogo proibido. Amor que os tange em círculos....

A única certeza: Todas as linhas de meridianos se entrecruzam nos pólos.

Giselle Sato

lunedì 30 marzo 2009

Anais Nin





''Non voglio essere il leader. Rifiuto di esserlo.
Voglio vivere beatamente e oscuramente nella mia femminilità.
Voglio un uomo sopra di me, sempre sopra di me.
Il suo volere, il suo piacere, il suo desiderio, la sua vita, il suo lavoro, la sua sessualità la priorità, il comando, la mia guida.
Non m'interessa lavorare, conquistare il mio spazio intellettualmente, artisticamente; ma come donna, oh, Dio, come donna voglio esser dominata.
Non m'interessa che mi si dica che devo stare in piedi da sola, né che devo aggrapparmi a tutto ciò che sono capace di fare, ma voglio essere catturata, scopata, posseduta dal volere di un maschio a suo piacimento, a suo comando."
(Anais Nin)

lunedì 23 marzo 2009

Tempo di addii




Il tempo ha voltato pagina e ha concluso la storia, non sogno più a lieto fine.
Il vento ha mutato di direzione e le candele si sono arrese comprensive, non si può lottare contro la natura.
La pioggia è caduta dopo il calore intenso, durò qualche istante e cessò frettolosamente. In pochi secondi era niente più che un tenue ricordo. Fuggevole e fastidioso.
Ho capito l’ addio e non dissi nulla. Mi accorsi che le ombre ti servivano da guida nei cammini oscuri dell’ amore.
Ho scoperto le carte e ho perso il giro, la bibita forte è scesa graffiando la gola stanca di chiamare il tuo nome.
Tu non eri né pronto né vicino o sufficiente. Mai ho baciato il tuo sorriso o ho camminato mano nella mano per le strade deserte.
Ho chiuso porte e buttato ricordi dalla finestra. Frammenti della nostra vita caduti dal dodicesimo piano. Ritratti strappati in piccoli pezzi sparsi sul marciapiede bagnato.
Passerà.
Ancora una settimana e dimenticherò anche i più piccoli dettagli.
Passerà.
Ancora un mese e sarò più forte.
Passerà.
Tra qualche mese sarà appena un ricordo gettato in un angolo dimenticato del mio cuore.
Passerà perché il dolore non è eterno. E tutto passa…
Anche te.

Giselle Sato (trad. Maurizio Gennari)

Testo Originale: Tempo de Despedidas

venerdì 20 marzo 2009

Jogos Perigosos- Swing...




Quase uma hora da manhã e nada do Léo. Ajustei a sandália de tiras amarradas nos tornozelos pela décima vez. Finalmente escutei o som da buzina e corri para o portão:- Atrasado!
- Linda! Você está demais, muito sexy neste vestidinho safado.
- Estou queimando por dentro...Quero me acabar esta noite.
Ri enquanto ele dirigia e apalpava minhas coxas grossas:- Sabe que vão ficar malucos com seu tipo. Começando pelos peitos enormes. Tudo em você é demais! Bocão, bundão, coxão....Durinho, macio...Cheirosa, gostosa...
- A natureza me favoreceu mas a manutenção é dureza. Conte mais desta casa nova.
- Estamos quase chegando. Você vai adorar, tenho certeza. Animada?

Peguei a mão de Léo e deixei que ele sentisse a umidade da minha calcinha. Ele riu, deslizou um dedo e testou o sabor . Minha primeira experiência em casas de Swing foi um desastre. Léo me convenceu que desta vez , seria tudo diferente, sem clima de posse e ciúmes.
O casarão ficava no sofisticado bairro da cidade mais conservadora do país. Só de imaginar o que aconteceria por trás dos grandes portões, senti crescer a ansiedade. Deixamos o carro com o manobrista e subimos os degraus da imponente fachada. O lobby era lindo, fomos recepcionados com discrição e que guardamos nossos casacos e bolsa.

O andar de cima oferecia vários ambientes e passeamos pelo corredor quase vazio. Quis conhecer os quartos principais: Dark e Blue. Entramos em um quarto pequeno e escuro. Várias mãos anônimas nos tocaram ao mesmo tempo. Aos poucos conseguíamos visualizar alguns vultos nas sombras...Brincamos um pouco e gostei de ser apalpada de tantas formas. Lentamente deixamos o dark e entramos em outro ambiente.

Bem maior e aconchegante, além de uma cama imensa no centro do quarto, haviam vários nichos com poltronas confortáveis e intrigantes. Um casal exibia-se em várias posições e quis experimentar. Meu parceiro levantou meu vestido, desci as alças deixando o tecido fininho enrolado na cintura. Encostado na cadeira, inclinei o corpo para frente oferecendo os seios, neste momento, senti um membro duro encostando e me empinei toda. Olhei para trás e gostei de imediato, trocamos um olhar e ele afastou minha calcinha. Eu estava muito excitada vendo meu parceiro sendo acariciado por uma outra mulher. Ela começou um boquete e ele parecia nas nuvens...Enquanto isso eu sentia o membro enorme entrando com firmeza. O anônimo parceiro era meu primeiro homem negro. A fama fazia jus e ele além de bem dotado era lindo! Todo definido e musculoso. Movimentando-se com vontade, apertava meus seios enquanto observava o outro casal. A mulher lambia Léo com os olhos fixos no homem e ele estava cada vez mais aflito. Terminamos quase ao mesmo tempo e eles foram embora de mãos dadas. Não trocamos qualquer palavra:- Gostou das boas vindas? – Léo sorriu e nos beijamos.
- Eu?...Eu gostei muito! Ainda estou tremendo ...Foi incrível... Que homem!
- Falei que era alto nível...Não quebre as regras da casa e será sempre bem recebido.
- Já sei!...Usar camisinha sempre...Sexo só nos ambientes permitidos e respeitar escolhas- Recitei em tom de zombaria...Arregalando os olhos feito menina travessa.
- Nossa! Que aluna mais aplicada... Merece um prêmio.
- Vou pensar professor...Até o final da noite te digo...Prepare-se!

Outro ambiente mais tranqüilo para relaxar um pouco. A sala era bem mais arejada e espaçosa. Grande e confortáveis poltronas espalhadas e alguns casais em variados estágios de entrosamento. Ficamos observando algum tempo. Decidi colocar as penas no colo de Léo, a esta altura nem sabia onde estava a calcinha... Recostada dobrei um joelho e comecei a balançar uma perna, abrindo e fechando... exibindo-me enquanto Léo alisava minhas coxas.

Uma mulher bem mais velha aproximou-se e ajoelhando-se aos pés de Léo, deixou clara sua intenção. Meu parceiro expôs completamente meu sexo e ela colou a boca na vagina úmida. Gemi sentindo a língua experiente sugando cada dobrinha. Ela gostava realmente de chupar uma boceta. Dava para sentir o prazer em cada passada de língua por toda a extensão até enfiar-se inteira. Um mini pênis duro tentando ir mais fundo... Quando sentia que ia gozar, ela diminuía e soprava de leve....Uma agonia tão intensa que praticamente implorava para que ela não parasse:- Está gostoso...Não pare assim...Me deixa gozar!...Porra! Que loucura... Pára!...Não! Não pára...Não sai agora...Ai! Por favor...Deixa...Deixa....
Queria puxar aquela boca pra dentro de mim...Aquela mulher me dominou completamente. Quando senti o orgasmo chegando, veio tão forte que meu corpo inteiro estremeceu...Eu gozava...Gozava e ela sorvia cada gota, transformando o simples, em uma sucessão de prazer incontrolável. Perdi a noção... as contas das vezes em que gemi tão alto que alguns casais pararam pra observar... Meu primeiro orgasmo múltiplo...Nunca imaginei que fosse possível... Mas aconteceu!
A mulher me deixou largada no sofá e aproximou-se de um homem grisalho e atraente que estava acariciando Léo....

Dois homens fazendo sexo é muito gostoso de assistir. A mulher que havia acabado de me dar tanto prazer, beijou o homem longamente. Sentou-se no sofá e ficou tocando o parceiro enquanto Léo roçava o pau duríssimo na bunda do homem. Em alguns minutos eram um trio: Léo movimentando-se com vontade, agressivo como nunca...Olhos fechados e contraídos. O homem gemia a cada penetração mais forte e era estimulado no mesmo ritmo pela parceira. Léo demorou bastante até conseguir gozar...Quando terminou deixou a sala sem me encarar.
Encontrei meu parceiro no Bar, bebendo uma cerveja em uma mesa afastada. Pedi uma vodka e abri um sorriso para quebrar o clima:- Oi amor... Lindo este bar...Aliás, tudo aqui é bonito.
- Janna, o que aconteceu... Não quero que pense...
- Não penso nada meu bem...O que acontecer aqui, fica aqui...Não foi o que combinamos?
- Não sou viado... Não quero que fique pensando coisas...
- Léo... Foda-se este papo de ser isto ou aquilo. Se você gostou de comer aquela bunda...Problema seu!... Sem culpas!...
- Desculpa, você é demais sabia? É a primeira vez que algum amigo sabe e fiquei nervoso. Venho freqüentando algumas saunas...Faz algum tempo... Mas gosto de mulher...Entende?
- Me conta uma coisa?
- Ah! Já sei... O que tem de melhor? Toda mulher pergunta a mesma coisa!...Este papo de ser mais apertadinho é besteira, você é bem apertadinha...Não é isso! É o proibido, sei lá...Dá mais tesão, não sei explicar...Porra! Que conversa mais boba...
- Estamos perdendo tempo...Vamos conhecer outras salas? Ou a noite terminou pra você?
- Mulher! Ainda tem muito pra curtir...Vamos nessa...

Consultei o relógio e já eram quase quatro da manhã. Com certeza seria nossa despedida da casa e queria que fosse especial. Vim para uma troca e até o momento não tinha acontecido. Percorremos algumas salas e o movimento ainda era intenso. Ficamos de mãos dadas assistindo três mulheres lindas transando em uma cama imensa. Outros casais também estavam parados, fascinados com a desenvoltura das três que praticamente se devoravam. Léo me abraçou por trás e ficou roçando o corpo...Apalpando e mordicando minha nuca. Uma das alças do vestido deixou à mostra um seio. A moça que estava ao nosso lado, tocou o bico e nos olhamos alguns segundos. Um beijo longo foi o passo seguinte para a aproximação. Os dois homens ficaram apenas observando enquanto trocávamos beijos e carinhos.

Saímos da sala para procurar um quarto íntimo. Várias tentativas e finalmente encontramos um livre. Cama imensa, lençóis perfumados... Nada parecido com um motel comum. Como se houvéssemos combinado, tiramos nossas roupas e deitamos juntas... Nossos parceiros trocaram as posições e ficaram apenas nos alisando... Já tinha ficado com uma mulher e gostado muito. Léo estava louco por ela e eu também. Começamos uma disputa meio que de brincadeira....Lambíamos cada pedacinho do corpo juntos, ela estava adorando tanta atenção...Acabei perdendo para Léo que nunca fez tantas posições em uma única noite. Ela tinha uma flexibilidade alucinante.

O parceiro da moça estava meio abandonado... Parecia deslocado e era obvio que não tinham nada em comum. Comecei a achar que ia precisar de Léo. Descobri finalmente o problema do rapaz: Um pau pequeno e semi-flácido. Tudo estaria perdido se eu não adorasse um desafio...E decidi ser boazinha com o rapaz de olhos tristes. Comecei a lamber todo o pênis sem pressa... Coloquei tudo na boca e suguei com delicadeza... Imediatamente ele deu sinal de vida... Com muito empenho consegui que ficasse duro.
Ele começou a elogiar, tocar e apertar minha bunda. Entendi e me coloquei de quatro... Separei e relaxei para facilitar a penetração...Para ser honesta não doeu nada. Aproveitei bastante enquanto ele se deliciava. Léo assistindo nossa ‘’performance’’, quis fazer o mesmo... Só que as diferenças anatômicas eram gritantes. Saí da posição e fiquei deitada de lado.

Imediatamente senti o pau deslizar novamente para dentro e os movimentos recomeçarem. Léo entendeu e colocou a mulher da mesma forma, ficamos mais uma vez uma de frente para outra. Trocamos longos beijos enquanto Léo vagarosamente vencia a resistência. Ela deixou escapar um gritinho de dor e ele se acomodou...Logo gemia de prazer na minha boca...Percebi que Léo não estava afoito e movimentava-se dentro dela bem mais suave que da vez passada....Deixei os detalhes de Léo pra lá e me concentrei no momento. Tentamos gozar juntos mas o parceiro que estava comigo não esperou....De qualquer forma eu, ela e Léo ficamos juntos até o final. Depois de tudo terminado, os homens se esparramaram naquela modorra:

- Sou Janna.
- Liliane. Olha menina, nem sei como te agradecer...Este aí é meu irmão mais novo.
- Que isso?
- Não! Aqui só entra casal e ele é bem ...Você entendeu né?
- Tudo bem... Ele realmente não é dos maiores mas tem vantagens...
- Janna...Antes de ir... Quero te ver de novo, desculpe nunca pedi antes...
- Ia falar o mesmo... Aqui pertinho tem um lugar que serve um café da manhã delicioso.
- Eu conheço. Daqui alguns minutos...

Sorrimos e trocamos um selinho. Nossos pares acordaram refeitos e rapidamente nos aprontamos. Eu e Léo saímos primeiro e ele foi buscar nossos pertences. Estávamos um pouco cansados, tinha sido uma noite diferente e animada. Eu não podia deixar que Léo percebesse minha inquietação. No carro, quase não conversamos...Finalmente chegamos e ele desligou o carro: - Você é mesmo terrível! Muda...Não vai me contar nada?... Fingi o cochilo para adiantar seu lado...Que cachorra!
Não agüentamos e caímos na gargalhada, Léo realmente me conhecia melhor que qualquer outro. Ele sabia que eu tinha ficado doida pela menina:- ok.... Sou uma cachorra e vou tomar café com ela daqui a pouco.
- Tudo bem querida, só tenho um pedido ...
- Fique descansado...Assim que voltar te conto tudo....Nos mínimos detalhes.

martedì 17 marzo 2009

Duetto d’ amore


Io ti amo Amo al di la delle bugie Delle storie mal raccontate, delle scuse… Senza colpe. Io ti amo.

Io ti amo Amo, al di la delle verità Delle frasi ascoltate, discorsi Senza sorridere. Ti amo

E chi potrebbe giudicare: vero o falso? Accolto nel mio petto lui pulsa Buono o cattivo. Luce o oscurità Momenti, stati d’ animo Luna calante, quarto crescente.


E niente nascerà da tutto ciò L’amore non è niente per te E per me, è nient’ altro che dolore Bugie o risposte. Scegli Ma non chiedermi aiuto.

Non ho scelto di amarti, soltanto ti amo Cerchi,rimpianti,agonie Sogni e desideri senza fine
Lacrime e risa appassionate
Silenzi condivisi… Nelle tue braccia, abbracci forti
Sinceramente, preferirei non amarti.


Finisce dove comincia. La voce dice che non è colpa tua E tu chiedi scusa Per qualunque male tu mi abbia fatto Chi sono io per non accettare? In più ti amo, non dimentico Sinceramente preferirei non amarti.

Giselle Sato e Pedro Farias (trad. Maurizio Gennari)
Testo Originale: Duetos de Amor

lunedì 16 marzo 2009

Il profumo



Sentì l’acre odore di sudore mescolato al deodorante a buon mercato. La cameriera si intimorì con lo sguardo penetrante del cliente e lo servì rapidamente. Federico lasciò il sandwich nel piatto, concentrato sulla ragazzina sudata. Già da tempo aveva rinunciato a capire il perché di quella sua crescente percezione olfattiva.
Nella metropolitana si sentiva afflitto quando il vagone si riempiva. Pigiando tanto i corpi si sentiva stordito…rintronato. Viziato
Vizio che prese proporzioni gigantesche fino a trasformare la sua piccola e pacifica vita.

Il profumo della moglie provocò la fine del legame. Intensamente dolce, nauseante e soffocante. In più c’ era la donna di servizio assunta da poco.
Lei si, aveva il profumo della gatta in calore, un odore di muschio selvaggio impossibile da resistere. Rientrava prima dal lavoro per incontrare Rosina. Inventava lavori superflui per trattenere la domestica. Quel giorno le chiese una torta di cioccolato, la implorò in nome della nostalgia dell’ infanzia e lei accettò.

Nella cucina americana mal entravano e ogni momento s’ intralciavano. Rosina sentì il respiro caldo del padrone sul suo collo e sorrise.
Rizzando il sedere formoso e impennato. Federico non nascose l’ erezione. Rosina già da tempo aveva intuito l’ interesse non si ritrasse.
Fu l’incontro della fame con l’appetito. Li per li si trovarono avvinghiati sul pavimento del salotto, i vestiti strappati di dosso con la fretta di amanti disperati. Nuda, Rosina era toccata con dolcezza, annusata in tutte le fessure con un piacere mai visto. Eccitata all’ estremo, bramava la penetrazione che non si verificava:- Scopami, ho una gran voglia…Vieni qui….

Provò a toccare il cazzo ma lui non permise, conquistò una leccata ma fu scostata con
fermezza.
Tentò in tutte le maniere e l’uomo non chiedeva niente di più che sfregare le narici sul suo corpo vibrante di tensione. L’ odore di Rosina era sufficiente. Irritata e insoddisfatta, decise di andarsene. Federico al contrario, era felicissimo e non gliene importò quando udì lo sbattere della porta.

La ragazza uscì dall’ ascensore imprecando. Quando vide il portinaio non si controllò nel raccontargli i particolari più schifosi. Nello stesso giorno il palazzo ne era al corrente. Federico dovette cambiare rione.


Giselle Sato (trad. Maurizio Gennari)
Testo Originale: O cheiro

domenica 15 marzo 2009

Ho fame della tua bocca


Ho fame della tua bocca, della tua voce, del tuoi capelli
e vado per le strade senza nutrirmi, silenzioso,
non mi sostiene il pane, l'alba mi sconvolge,
cerco il suono liquido dei tuoi piedi nel giorno.
Sono affamato del tuo riso che scorre,
delle tue mani color di furioso granaio,
ho fame della pallida pietra delle tue unghie,
voglio mangiare la tua pelle come mandorla intatta.
Voglio mangiare il fulmine bruciato nella tua bellezza,
il naso sovrano dell'aitante volto,
voglio mangiare l'ombra fugace delle tue ciglia
e affamato vado e vengo annusando il crepuscolo,
cercandoti, cercando il tuo cuore caldo
come un puma nella solitudine di Quitratúe.


Pablo Neruda

sabato 14 marzo 2009

Taras e Confissões


Retoquei o batom e saí apressada. Uma ajeitadinha no cabelo e a última olhada no espelho. Faltou o sorriso, imediatamente corrigi a falha. Neste negócio é preciso passar energia e entusiasmo.
Adoro trabalhar no aquário. Chamamos o quarto de ‘’voyeurs’’ desta forma. Parece fácil, mas a inexistência do contato físico não simplifica nada. A casa é bem freqüentada e perfeita para realizar fantasias. Todos os desejos tem um preço.

O castelo tem clientela fixa e uma ‘’Rainha’’ conhecida no mercado. Fora a reputação de material de primeira, ela garante total anonimato. E não mede esforços para proporcionar o melhor, sempre o melhor.
As pessoas que frequentam a casa, não estão preocupadas com o que vão gastar... e Regina sabe disso.

Minha agenda está completa.Meu primeiro cliente acaba de entrar na sala. Hoje estou usando um conjunto preto, meia-taça e calcinha pequena. A camisolinha transparente é puro fetiche.
Saltos altos e peruca ruiva. As lentes de contato me deixam com cara de gata gulosa. Imensos olhos delineados com muito lápis preto. A maquiagem pesada é essencial. Ele quer um ‘’streep tease’’ bem sensual. E uma dançarina com jeito de vagabunda.
Hora de abrir a vitrine. Sei que é uma janela imensa , mas gosto de pensar desta forma. Um vidro nos separa; protege e ao mesmo tempo, liberta qualquer censura:

- Oi Aninha, está linda hoje...dança pra mim?

Um cliente habitual. Sempre me chama de Aninha e pede as mesmas coisas.
Enquanto vou tirando as peças e toco meu corpo, tenho tudo sincronizado. Movimentos ensaiados e provocantes.
A parede transparente, permite que eu veja. Este cliente gosta de olhar e exibir a masturbação.
Quando preferem ficar ocultos, usamos um segundo vidro e apenas o observador assiste.

Vários tipos de ‘’dildos’’, estão expostos em uma mesinha. Começo pelos pequeninos. De pernas bem abertas, vou trocando de tamanhos e formatos. Todos previamente lubrificados; sei que ele está ansioso. Demoro o tempo correto, a hora está paga e deve ser cumprida.
Finalmente um monstruoso duplo, nada confortável. Ele geme de prazer, apreciando enquanto enfio o pedaço de borracha na frente e atrás.

As pernas apoiadas nos braços da poltrona. A peça demora um pouco para ser completamente acomodada. O puto, delira observando ...ligo o vibrador.
Finjo o primeiro orgasmo com perfeição , enquanto aquela coisa pulsa. Capricho nos gemidos, simulo outro gozo e ele termina. Lentamente retiro o ''duplo'', dou um sorrisinho e saio do quarto. As pernas bambas e a bunda dolorida.
Normalmente atendo cinco clientes. Mas dependendo da sorte, um habitual pode reservar todo o tempo.

Gosto do que faço, aprendi a me masturbar sozinha, aos sete anos. Levei umas chineladas e minha avó ficou apavorada. Entendi que ‘’aquilo’’ era para ser feito às escondidas.
Sexo para mim é como beber água, natural e necessário. Ao mesmo tempo, sou capaz de passar longos períodos sem gozar. Parece estranho, mas é possível ter relações sexuais todos os dias, várias vezes ao dia e nenhum orgasmo. E com os clientes? Posso afirmar, que nunca senti nada. Contudo, todos eles, saíram jurando que me deram muito prazer.

Enquanto tomo um banho demorado, os empregados arrumam o quarto. Visto o uniforme completo de normalista. Prendo os cabelos em um rabo de cavalo. Sem maquiagem, a saia pregueada na altura os joelhos. Meias e sapatos estilo boneca.
Deito na cama enfeitada de bichos de pelúcia e almofadinhas. Um senhor idoso acompanha cada movimento, está satisfeito com o cenário. É cliente antigo, dizem que foi diretor de uma grande colégio...

Tudo é previamente combinado. Uma colega entra no quarto, vestida da mesma forma. Ficamos trocando carinhos e beijos no rosto. Desta vez, vou ser a coleguinha tarada, tentando seduzir a amiguinha.
Coloco a mão no joelho da moça, vou deslizando por baixo da saia, ela recusa. Finalmente, um beijo de verdade, longo e molhado.
Desta vez, levanto a saia e deslizo até a calcinha cor de rosa. Rendada. Ela suspira e tenta impedir, mas um dedo já está dentro dela, mexendo...

Ela recua, apoiada nas almofadas. Gemendo como um gatinho no cio, deixa-se tocar, suspirando cada vez mais alto. Solta gritinhos quando arranco a calcinha e delizo entre suas pernas.
Apoiando o rosto na parte interna da coxa; forçando a língua e lambendo cada cantinho. O tempo todo, temos a preocupação, que ele assista todos os movimentos.
A outra menina tem uma flexibilidade surpreendente. Consegue ficar em posições onde expõe completamente o sexo. Ele adora a parte em que nos esfregamos. Solta grunhidos de satisfação. Fica estalando a língua, fazendo mil ruídos...
Terminamos a cena com um beijo fraternal, vestimos o uniforme e deixamos o quarto de mãos dadas. Karla é uma velha amiga. Está nesta para pagar a faculdade, o jeitinho de menina, é sempre muito solicitado:

- O que aconteceu? Não devia estar atendendo? Nem acreditei quando te vi entrando.

- Tem um cara pegando no meu pé. Regina mandou trocar com Andréa.

- Ótimo. Vamos dar um tempinho e relaxar. Você atrai cada tipo!

- Nem me fale...banho de espuma?

- Banheira de hidro!


Normalmente penso que sou uma atriz. E estou interpretando o papel de puta. Esta é minha fantasia. As meninas brincam que posso ser uma estrela pornô. Não é o que desejo.
Fiz cursos de teatro, tentei a carreira de modelo, não consegui nada expressivo. O convite de Regina foi irrecusável. Em dois anos, montei um excelente apartamento e comprei um carro zero. Vivo bem, gosto do que faço e do dinheiro que ganho.
Duas horas depois, Regina me chamou ao salão:- Oi querida, estou com um fixo importante e quero uma menina experiente. Cancelo o resto, que parece?

- Quem é o cliente?

- Ravel. Você sabe as regras.

- Nunca recuso seus pedidos. Quanto tempo?

- Ele já está sendo preparado. Esqueci um detalhe primordial . Ele quer estrear o novo brinquedinho.


Ela riu e saiu sem se despedir. Ainda é muito bonita. Idade indeterminada e muitos tratamentos. Regina tem o dom de intimidar qualquer pessoa. É um misto de postura e poder.
Falando muito baixinho, ela comanda. Não pede, exige e ordena. Não é nem um pouco tolerante. Odeia erros. As meninas pisam na ponta do pé, quando ela está aborrecida. Nunca tivemos problemas, faço a minha parte e ela paga.
Cinco escravos, observam o movimento. Usam coleiras, são como sombras atrás da dona. Eu procuro ignorar as figuras tristes. Não é a minha e não tenho nada contra.
Se eles desejam humilhação, Regina é mestra na arte. Eles veneram o chão por onde ela caminha. São leais e moram na casa.

O quarto exibe a cama de casal coberta de plástico transparente. Ravel é um sujeito grandalhão. Alto e gordo. Incrivelmente branco e limpo. As sobrancelhas são os únicos pêlos que mantêm.
Está completamente envolto em fita-filme. Como um casulo, apenas o espaço suficiente para os olhos e nariz. Até a boca está coberta, por uma camada mais fina, o que o impede de fazer qualquer ruído.
Borrifo bastante talco na calcinha de látex. Tenho alguma dificuldade, um enorme pênis, também em látex está acoplado. Caminho lentamente até o grande embrulho, ele observa....

Usando luvas, acaricio todo o corpo gigantesco. Ele bufa, contorcendo-se e suando. Desta vez devem ter usado muita fita-filme. Ele está praticamente imobilizado. Vez por outra, pressiono com força o peito na altura dos mamilos.
Uso uma tesoura e abro espaço na altura do púbis liso. Um membro pequeno e flácido surge, toco com a ponta dos dedos. Borrifo talco e inicio uma masturbação. O prazer consiste no atrito da luva de látex com a pele exposta. A resposta surge tímida , aos poucos ele corresponde, estremece e goza.

O homem dá sinais que deseja rolar de bruços. É a parte final e a mais trabalhosa. Apesar da ajuda ele está completamente enrolado em plástico. Novamente, uso a tesourinha e recorto um grande espaço na bunda carnuda.
Sem um pingo de dó, enfio o ‘’dildo’’ de uma só vez, ele treme em espasmos. Tudo que faço é exigência dele, não ouso mudar nada, apenas obedeço.
Aumento a velocidade e continuo movendo bem fundo. Neste momento, eu arranco o pedaço do plástico que cobre a boca. Ele geme, implora que eu enfie com mais força. O material é bem flexível e macio. Mesmo assim, movimento o quadril com toda a força.
Quando goza ou sente-se satisfeito, ele manda parar. Desço e saio do quarto rapidamente. Uma colega passa por mim e mostra o chicotinho: - Ravel hoje está impossível!

Tiro a ‘’calcinha-pênis’’ e entrego para limpeza. Tudo que foi usado é esterilizado em mil rituais. Este cliente tem verdadeiro pavor de germes e contaminações. Estranhamente, dizem que é médico e cientista.
Pego a bolsa e finalmente meu dia terminou. Dou uma olhada rápida no salão e está cheio de gente bonita . Homens e mulheres bebem, conversam, combinam nos reservados os pequenos detalhes. Parece uma reunião em uma casa linda e requintada.

Regina está sentada em uma poltrona estilo império, cercada de admiradores. Um dos servos, enroscado aos seus pés. Todos parecem alegres e satisfeitos. Uma amiga oferece uma taça de vinho. Recuso e agradeço. Saio apressada.
Namoradinho novo, jovem e tenro. Marcamos na porta da faculdade. Segundo encontro, ainda não decidi se vamos transar... talvez outro dia, hoje só quero beijo na boca e muito carinho.

Amanhã....é outro dia...

venerdì 13 marzo 2009

Feticcio





Mise di seta, feticcio nelle tue mani
Pelle tiepida, il tuo aroma, um bacio scorre sul collo
scivola la lingua inumidita sul mio collo e si perde
vengo nella tua bocca con un desiderio represso
Ti abbraccio con le mie gambe e ti declamo
Bevo il tuo gemito che sgorga
Dentro di me
Ritmo
Senzazione
Eccitazione
Posizione
Stimolo
Brivido lungo la schiena
Spasimo
Fervore
Amore
……Rilassa




Giselle Sato (Trad:Maurizio Gennari
)

Testo Originale: Camisola de Cetim

giovedì 12 marzo 2009

Me conquiste



Te espero...Vem!
O mel do cálice
escorre em desafio

Prove o sabor da conquista
desfrute a doçura sem limites
da entrega submissa. Premissa!

Quebre as resistências fugidias
Conduzindo os caminhos
Senhor do básico instinto

Beije a boca sorvendo a alma
Em pequenos goles de prazer
desnude o corpo e segredos

Nunca revelados.




Giselle Sato

Tradimento


Il desiderio affligge. Castiga con tormenti l’ abbandono.
Il corpo caldo, ansioso, offre asilo, trascina al pericolo, analizza i limiti e soffre.
Solitudine.
Zittisce l’ alba, le sue mani forti toccano, procurano, pretendono e invitano.
Chiudi gli occhi, lasciati guidare, fidati, sono avida di piacere, pronuncia il mio nome mille volte fino a che non scopro le tue falsità.
Paura. Che mi rubi i vizi.
Vizi. Che mi fanno schiava dei tuoi segreti.
Segreti. Che sono unicamente feticci.
Feticci. Che mi fanno tua, appassionata senza limiti.
Limiti. Che disperdo nella tua bocca, gemendo in sordina, molto più del dovuto.

Giselle Sato (trad. Maurizio Gennari)
Testo Originale: Meu Viçio








Parole in Emozioni


Min:
:Sec

Felina


Felina

Quero um homem que me faça sentir
A vida inteira em um segundo de prazer
Fêmea atrevida, indomada, instintiva
Sentimento forte sublimando a paixão

Cio

Que saiba que tem nas mãos uma mulher
Que usa, abusa, escolhe, acolhe e recusa
Senhora que tem o reino entre as pernas
E sabe como ninguém barganhar a posse.

Segredos

Quero um homem que me sacie
A urgência em experimentos plenos
E faça do meu corpo abrigo e templo
Dos sentidos da pele, cheiro e sabor

Desejos

Que respeite meu silencio e inconstâncias
E que não me cobre mais que eu possa dar
Quero aquilo que me pertence desde sempre
Pela liberdade da libido inebriada em cores


Embriagada em gozos e devaneios
Tomo, reclamo, conquisto, insisto...
Leoa na relva, totalmente selvagem.
Espero.



Giselle Sato

mercoledì 11 marzo 2009

Omonimi – Un racconto Machadiano



Scesi la Rua di Ouvidor pensando alle mie passioni più grandi, le compiacenze femminili e la letteratura. Non necessariamente nello stesso ordine:

- Signore ha lasciato cadere questa busta, per poco non la perde, ho dovuto correre per raggiungerlo.

- Il mio manoscritto! Non so come ringraziarla, non me ne ero accorto, lei non immagina l’ importanza di ciò che ha salvato.

- Fortuna che l’ho trovato in tempo, tra poco ci sarà una processione e le strade saranno piene di credenti.

- Un’ assurdo, in pieno XIX secolo! Sono appena tornato dall’ Europa, le differenze sono inquietanti.

- Doveva vedere prima. Oggi abbiamo la pavimentazione, l’ illuminazione a gas, il trasporto pubblico, tutto seguendo i parametri delle capitali europee. Tempo di “nuove usanze”…

- Non mi piace sembrare presuntuoso, ma per quanto sia, la società Carioca è priva di buon gusto. I Caffè e i teatri mai si avvicineranno a piedi di quelli parigini. Il popolo mantiene usanze provinciali, non sanno vivere nelle capitali.

-Sfortunatamente, siamo una nazione prevalentemente di contadini e analfabeti.

- Certo. Perché dovrebbe essere differente? Senza offesa, sono di buona famiglia. Favorito dalla sorte per aver ricevuto un educazione che qualsiasi giovane potrebbe sognare. Parlo cinque lingue. Incluso il latino, che parlo correntemente, meglio che un sacerdote.

- Ho capito immediatamente di cominciare una buona conversazione. Nello stesso tempo, soltanto nel sentirlo parlare ho avvertito l’influenza europea.

- Ma lei, dove ha imparato a esprimere le sue idee con grazia? A parte qualche imperfezione naturale, parla il portoghese quasi perfettamente.

- Sono autodidatta, ho imparato con molto sacrificio. Era tutto sfavorevole. Grazie ai libri, sono capace di conversare con un uomo come lei.

- Capisco, lei lavora in un’ officina. Usa un macchinario o qualcosa di equivalente?

- Si, qualcosa di simile. Lavoro con libri, libri a tempo pieno. Lei lo sa che è una ispirazione? Sempre incontro persone interessanti, degni di doppia attenzione.

- Come? Che tipo di impronta, a parte essere un esempio, un’ ideale da essere copiato...

- Il signore è molto modesto.” Lei già lo sa”, un ispirazione preziosa, le sarò eternamente grato.

- Come compenso, cosa posso fare per dimostrare la mia gratitudine?

-Il signore mi ha ringraziato, è già sufficiente.

- Se dovesse qualche volta aver bisogno, io frequento la libreria Garnier quasi tutti i giorni. In verità, ricorda vagamente Notre Dame , quando cammino nella Rua do Ouvidor.

- Quasi una piccola Parigi . Signor?

-Che sbadataggine! Oliveira Neves, ma mi può chiamare Joaquim Maria. Il mio nome di battesimo.

- Machado, molto piacere. Che coincidenza, omonimi! Quasi dimenticavo, ho una riunione tra poco al Giornale del Commercio. Scusi ma devo andare. Stia bene, signor Oliveira.

Che strano individuo, gli ho offerto una piccola ricompensa e se ne andato furioso. Omonimi, mi mancava solo questo! Un quasi negro, poco istruito, pensando di ingannarmi. Cosa si aspettava? Che lo invitassi a prendere un caffè? Sicuramente pensava che ci fossero dei soldi nella busta. L’ha restituita sperando in una buona rimunerazione, poi ha fatto la parte dell’ offeso.

Ah, le giovani signore, crema della società. Che visione! La jeunesse dorèe, apprezzando la moda, facendo compere, passeggiando all’ aria fresca. Qualcuna è velatamente cortese in cerca di relazioni. Se la fortuna é favorevole, offro le mie galanterie, prendo qualche pacchetto e parlo un po’ di francese. Voilà! La invito per un tea in pasticceria, accompagnandola fino alla residenza…

Finalmente la libreria, un luogo con una certa esclusività, lontano dai miseri che occultano le vetrine. Sento che sto nel mio mondo, scrittori, intellettuali, politici. Uomini di sagacia, in un’ area riservata, mi sento quasi in casa:

-Joaquim, Joaquim Maria. Quanto tempo! Qual buon vento trascinò il mio migliore amico al rimpatrio?

- Pacheco Leitào! Che piacere, sono arrivato la settimana scorsa. Ma ho già voglia di tornare.

-Joaquim, non essere tanto severo! Prendi parte alla nuova società, frequenta le meravigliose feste, i casinò, sfrutta ciò che è di buono e migliore. E ancora non ti ho parlato dei bordelli! Non è sufficiente?

- Si, il sufficiente per chi si accontenta di poco. Voglio molto di più, oggi consegno il mio primo romanzo per la pubblicazione.

-Avere un amico scrittore è un’ onore straordinario. Hai fortuna, oggi è uscito l’ultimo di Machado: Memòrias Pòstumas de Bràs Cubas. E’ un opera prima, tutti stanno commentando. Va bene che Machado sempre sorprende. Quando pensiamo di aver letto il migliore, è lì che arriva l’altro sconcertante.

Provai un piccolo turbamento ascoltando quel nome, il secondo Machado in un pomeriggio. Per non essere sgarbato, sfogliai un poco il libro disinteressato…
Già dal primo paragrafo sentii che non avrei lasciato il libro fino a terminare la lettura. Stile unico, perfetto sotto tutti gli aspetti, tanto buono che avvertii vergogna del mio manoscritto.
Mi avviai in casa per finire la lettura del romanzo. Non ce la feci a controllare l’ invidia, l’astio, l’odio per lo scrittore brasiliano. Sei anni buttati nella spazzatura, i miei sogni crollati in un pomeriggio, la mia esistenza vagando nel vuoto. Per un Machado, una scure demolitrice di sogni.

Il giorno seguente, più calmo, seppi che lo scrittore, recentemente eletto il mio favorito, si sarebbe recato alla libreria. Il luogo era affollato di persone venute da ogni parte della città.
Molti applausi annunciarono l’arrivo. La moltitudine si animò impedendo la visione dei suoi lineamenti.
Quando riuscii a trovare il largo sufficiente, riconobbi l’uomo che aveva ritrovato la mia busta. Sarei voluto morire nello stesso istante:

-Pacheco, qui è molto soffocante, ho bisogno di uscire un po’ per respirare.

-Proprio adesso? Perderai l’ interpretazione, Machado ci darà l’onore del primo capitolo.

-Allora rimani e approfitta, non c’è bisogno che mi accompagni. Insisto rimani, è il tuo autore preferito.

-Immagina, giammai abbandonerei un amico, ti farò compagnia fino a che non migliori e rientriamo.

-Pacheco, lasciami in pace! Ho bisogno di respirare, sono intrattabile.

-Non c’è bisogno di essere villano, non vuoi essere visto insieme a un semplice commerciante. Oggi stai in mezzo dei tuoi colleghi, non hai necessità della compagnia del vecchio amico Pacheco. Non ho fatto i tuoi studi, i miei non mi mandarono in Europa. Mia madre pensò che era uno sperpero, mio padre sa a malapena scrivere il suo nome, e adesso questo smacco…

Piantai il mio amico parlottando da solo, mai ho avuto pazienza per i sermoni, molto meno per quelli di Pacheco.
Persi la cognizione del tempo camminando, il petto trafitto dalla vergogna. Non avevo afferrato la sottile ironia durante il breve dialogo con il mulatto perspicace.
Analizzai il suo romanzo da un altro punto di vista. Ora stavo constatando la trivialità mascherata nei dialoghi dei personaggi, la personalità calcolata dei protagonisti, la strategia della stesura confusa e angosciante.

Mi resi conto che in quell’ istante la mia vera vocazione stava sbocciando. La vita acquistava una nuova attrattiva, macchinava piani intenti a pubblicare critiche devastanti per ciascuna sua opera. Orchestrava analizzare ogni riga, sognava a occhi aperti il riconoscimento pubblico.
La avversione “machadiana” cresceva come un bubbone ripugnante. Sbadato, con i pensieri traboccanti di vendetta, non mi accorsi dell’auto fuori controllo. Per ironia del destino , importata dall’ Inghilterra, mal guidata da un giovane inesperto.

Cessai di vivere!
Joaquim Maria si spense, morì in piena Praça da Constituçào.
A pochi metri dalla famosa Tipografia Dois de Dezembro. Nell’ ora dell’ incidente, affollata di scrittori ed intellettuali.
Il mio ultimo pensiero… un’esistenza inutile. Non ho lasciato niente. Né figli, né opere, né nostalgie, né amici… Sono stato una farsa, dogmatico, ostentato e bugiardo. Allontanato dalla propria casa dopo la scoperta delle dissolutezze sfoggiate in Europa. Ora una anima profana.
Alla fine, aggravato e rallegrato, da un sogno discutibile e anonimo: Essere stato l’ ispirazione, anche se fugace, di Joaquim Maria Machado de Assis.


Giselle Sato - Trad. Maurizio Gennari
Testo Originale. Homonimos


OBS:
Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 1839 – 1908) è stato uno scrittore e poeta brasiliano.
Nonostante sia poco apprezzato come poeta, è considerato il maggiore scrittore in prosa della letteratura brasiliana e fu il fondatore dell`Academia Brasiliana di Lettere(ABL).
Questo racconto fu scritto in omaggio allo scrittore in occasione del centenario della sua morte e fu pubblicato nella Comunitá Overmundo.

domenica 8 marzo 2009

Donne Appassionate


Smania di sentire te dentro me, logiche di donna appassionata, che sente il piacere di amare ed essere amata. Tanto diverso dal sesso effimero e delle passioni fugaci. Intimità

Amante senza pudore che spartisce i suoi segreti, sollecita una mano più sfacciata e propone fantasie.Predilige piccole porzioni di amore quotidiano, in gesti calorosi, scambi e intese. Complicità

Gioca con la schiuma nella vasca, inondando d’acqua il pavimento. Balla davanti allo specchio nuda e provocante. Si sporge dal balcone suscitando amore.
Intesa

Insieme, favoriscono la ricerca e l’ incontro, il desiderio e il piacere, completandosi l’uno con l’altro. Maturità

Giselle Sato (trad. Maurizio Gennari)
Testo Originale: Banho de Espuma

Prova Finale


Era vanitosa, lasciva e scostumata. Sollevo il tessuto sfregando la pelle nuda. Appoggiò la mano sentendo l’ umidità.
Divaricò le gambe, distese il corpo sulla sedia fino al estremità. Con la punta delle scarpe, la equilibrava, movimentando le cosce e i fianchi. Completamente abbandonata, in prima fila, aula piena e esame finale.
Il professore lasciò la classe sola e uscì frettolosamente. Con calma, lei prese gli appunti e copiò le risposte.

Giselle Sato ( trad. Maurizio Gennari)
Testo Originale: Prova Final

sabato 7 marzo 2009

O cio da terra



''O que desperta o desejo? Como funciona o instinto? Cheiro, gosto, textura''....


Toda mulher tem uma tara secreta. Por mais que tentasse ocultar , Sonia era atormentada pelo pensamento: A idéia fixa no corpo suado dos trabalhadores que passavam à sua frente, torso nu, músculos trabalhados pelo peso das toras de madeira e pela lida com gado e cavalos.

Sonhava com as mãos grossas e calejadas arranhando sua pele e o odor do suor aguçava seus sentidos qual fêmea no cio. Só com a lembrança de suas fantasias perdia o fôlego, ardia carente, suspirando fundo.
Agenor era um marido apaixonado, virtuoso e previsível. Não admitia nenhuma variação na cama além do que considerava normal. Isso excluía quase tudo que não fosse tradicional e enfadonho. Soninha, jovem e deliciosa em seus vinte e poucos anos, queria emoções. Era puro fogo e sensualidade. A mudança para a fazenda distante foi uma forma de afastar as tentações que a cidade tão generosamente oferecia.
Possessivo e ciumento, Agenor via o perigo em forma de academias lotadas, festas e vizinhos. Soninha gostava de todo conforto e luxo em que viviam, mas sentia um vazio cada vez maior. Uma angústia... Urgência..

Não era uma mulher satisfeita. Descobriu sua tara quase por acaso. Mandou selar um cavalo para um passeio inocente e quando o peão veio entregar-lhe as rédeas, sentiu o cheiro forte . Ficou tonta, faminta, uma onda forte percorreu seu corpo. Tesão.
Arrastou o empregado para trás do estábulo. Desceu a calça jeans e sentiu toda a rudeza enterrada em suas carnes. Gemia de prazer com os dedos grossos enfiados em sua vagina molhada, Separando, esfregando, apertando sua sensibilidade. O pênis grosso, sem nenhum cuidado, penetrou com força. Estava tão excitada que nem se importou com o gozo escorrendo por suas pernas. O homem era um touro, mal acabou e já estava duro de novo. Foram três gozadas sem tirar. Estava toda ardida quando ele finalmente terminou.
Vestiu a calça e saiu sem dizer uma palavra. Não se olharam, não houve carinho, transaram quase vestidos. Só penetração.

Enquanto tomava banho, Sônia tocou a vagina dolorida e sensível, sentiu-se saciada. O marido não desconfiava de nada. Passava o dia no campo, visitando terras, fiscalizando produção e entregas. Deixava a esposa aproveitando a piscina e a vida no campo, completamente alheio e confiante. Em nenhum momento enxergava perigo nos empregados feios e sujos. Homens rudes que mal falavam.
Poucos dias depois, Soninha estava novamente rodando os currais e pastos, escolhendo seu rebanho. Sentiu-se atraída pelo caboclo de olhos atrevidos. Um sorriso, um convite. Carregando um galão de leite fresco, seguiu a patroa até o depósito vazio.

Ela trancou a porta e deitou-se nua na mesa rústica de madeira crua.
Pousando o vasilhame no chão, o homem começou a lambê-la com gosto, nunca havia visto uma vagina tão branca. Vez por outra molhava os dedos no leite gordo e sugava com força, parecia querer devorar por inteiro cada pedacinho da mulher.
Sônia perdeu as contas de quanto gozou naquela boca faminta. Foi penetrada na urgência exata que tanto queria. Estava mole quando sentiu as nádegas sendo abertas e mais leite gorduroso servindo de lubrificante para o melhor sexo anal de sua vida.
Empolgada, empurrou com força os quadris ignorando a dor rasgando sua pele. Naquele dia, mal conseguiu andar tão machucada ficou.

A notícia correu entre os trabalhadores e os olhares gulosos perseguiam-na por toda parte. Os empregados se revezavam na orgia campestre. Quanto mais fazia sexo, mais vontade sentia. Completamente adaptada à rotina insana, agüentava três homens sem o menor esforço e ainda cumpria suas obrigações no leito matrimonial.
Um dia, um peão bonito chegou à fazenda. Alto, moreno, porte de campeão de rodeio. Homem de “virar a cabeça” de qualquer uma.
Soninha ficou louca, perdeu a noção do perigo. Andava para cima e para baixo com o moreno. Agenor, o marido, finalmente desconfiou e mandou seguir a mulher. Os empregados, enciumados com o concorrente, confirmaram as suspeitas incentivando a vingança.

Estavam na cachoeira, fazendo toda sorte de safadeza. Não perceberam a chegada do tropel liderado pelo marido enlouquecido de raiva e ciúme. Mal apeou, Agenor matou com vários tiros o rival. Sônia, nua no meio das águas, era uma visão mais que perfeita. Como a natureza pôde ser tão generosa com uma mulher?
O marido chorava como criança e não teve coragem de matar a traidora. Amava aquela mulher mais que tudo em sua vida, não conseguiria viver sem sua Sônia. Reconciliaram-se.

O avião decolou com algum atraso. Na primeira classe, o champagne foi servido e Sônia estava sorridente com seu novo colar de brilhantes. Agenor, marido corno e apaixonado, havia decidido que a Europa era distante o suficiente para o recomeço.
Não só havia perdoado como não mudou sua forma de tratar a mulher. Culpava-se por não ter sido atencioso, assumiu os erros de Sônia e não tocou mais no assunto.
Pedindo licença ao esposo, Soninha foi ao banheiro. Passou pela "galley" da aeronave e sorriu descaradamente para o comissário bonitão que montava a bandeja de salgados.
Doze horas de viagem, muitos “drinks” a mais para Agenor e com certeza alguma diversão extra para ajudar a passar o tempo. Entrou no toillete apertado e não trancou a porta...



Giselle Sato

Donne nella letteratura erotica



Anticamente chi scriveva testi “piccanti” era considerata quasi un eroina. Scrittrici azzardate simpatizzanti di questo genere, si arrischiavano con dosi omeopatiche a ridicolizzare i costumi dell’ epoca. Potremo citarne varie e non tutte furono pubblicate durante la loro vita. Non è mia intenzione toccare il tasto poco rilevante di questo periodo di storia. Preferisco scrivere come la privazione di libertà influenzò il lavoro di queste donne. Nascoste per colpa dei preconcetti si consegnavano all’ intensità. Fu un periodo enormemente frustrante, ma la sensazione del proibito agì come stimolo perché la voce repressa prendesse vita sulla carta. Ed apparvero sotto forma di versi, romanzi e genuini pensieri, le grida soffocate convogliate nella letteratura.

La visione femminile per prima grazie al congiunto piacere e sentimento. Non come privilegio, ma mi piace pensare che seguiamo l’ emozione senza limitazioni e abbiamo la sagacia come alleata. Quando l’ idea prende forma, i personaggi e le trame sembrano reclamare la propria esistenza. Il testo erotico possiede tutta la cadenza e scaturisce trovando la risposta del lettore. Esiste un’ attenzione nel descrivere formando un insieme completo. In ogni angolo un po’ il condividere ed l’ accogliere. La spiritualità femminile è prodiga per natura. Riceve, ricolma, custodisce e sazia. In comune tutte queste scrittrici non ebbero paura di esprimere la intuizione del sesso. Senza pudori narrarono sensazioni mascherate e alcune neanche immaginate.

Un orgasmo femminile non era un argomento discutibile. Immagino che le donne avessero accesso ai libri e leggevano di nascosto, sospirando ad ogni verso e immaginando per se stesse il piacere suggerito. L’ importante è che la voce non rimanesse inespressa , che almeno sussurrasse piaceri, declamando la libertà della soddisfazione. Queste scrittrici pioniere sono l’ orientamento per la nuova generazione di autrici di genere erotico. Ancora esistono i tabù sui dettagli e le attenzioni per non cadere nella pornografia grossolana. Ma la maggioranza non è molto preoccupata a mascherare il testo. E’ un nuovo cammino che si sta aprendo con cautela. Ma il mercato è curioso e imprevedibile. La libido fu stimolata ed ora non dobbiamo nascondere le attrazioni. In qualche maniera fu un impervio cammino e oggi finalmente le porte sono aperte.

Giselle Sato (trad. Maurizio Gennari)

Anais Nin e Florbela Espanca - Frammenti


Florbela Espanca e Anais Nin sono fondamenta uniche e senza epoca. Il contenuto erotico e sensuale delle loro opere, ispirarono generazioni di scrittori. In ogni verso oppresso di dolore e inquietudine avvertiamo la passione femminile nella sua pienezza. Donne, poetesse, scrittrici, amanti, felici o oppresse… Un po’ di noi delineato con abilità. L’ animo ringrazia.
Giselle Sato (trad. Maurizio Gennari)

Florbela:
Essere poeta è essere più alto, migliore degli uomini.
Mordere come chi bacia!

( Tratto da Florbela Espanca)

Anais:
Il sesso deve essere innaffiato di lacrime, di risate, di parole, di promesse, di scenate, di gelosia, di tutte le spezie della paura, di viaggi all’ estero, di facce nuove, di romanzi, di racconti, di sogni, di fantasia, di musica, di danza, di oppio, di vino.
Solo il battito unito del sesso e del cuore può creare l’ estasi.

(Tratto da “ Febbre d’ Amore” Anais Nin)

Florbela:
Per tutta la notte l'usignolo ha pianto,
s'è lamentato, ha pregato, gridò perdutamente.
Anima dell'usignolo, anima della gente,
tu sei forse qualcuno che s'è spento.

Tu sei forse un sogno che è passato
che s'è fuso nel dolor soavemente,
forse sei l'anima, anima dolente
di chi volle amare e mai ha amato.

Tutta la notte hai pianto...io ho pianto,
forse perché a udirti indovinai
che nessuno è più triste di noi.

Tante cose alla notte calma hai narrato
che ho pensato tu fossi l'anima mia
che piangesse perduta nella voce tua.

(ANIMA PERSA- Florbela Espanca)


Anais:
Non voglio essere il leader. Rifiuto di esserlo. Voglio vivere beatamente e oscuramente nella mia femminilità. Voglio un uomo sopra di me, sempre sopra di me. Il suo volere, il suo piacere, il suo desiderio, la sua vita, il suo lavoro, la sua sessualità la priorità, il comando, la mia guida. Non m'interessa lavorare, conquistare il mio spazio intellettualmente, artisticamente; ma come donna, oh, Dio, come donna voglio esser dominata. Non m'interessa che mi si dica che devo stare in piedi da sola, né che devo aggrapparmi a tutto ciò che sono capace di fare, ma voglio essere catturata, scopata, posseduta dal volere di un maschio a suo piacimento, a suo comando."

(Anais Nin)

Florbela:
La mia anima, di sognarti, se ne va persa
I miei occhi se ne vanno cechi per vederti!
Non sei l'unica ragione del mio vivere,
dato che tu sei già tutta la mia vita!

Non vedo niente così impazzita…
Passo nel mondo, Amore mio, a leggere
Nel misterioso libro del tuo essere
La stessa storia tante volte letta!

“Tutto nel mondo è fragile, tutto passa…”
Quando mi dicono questo, tutta la grazia
Di una bocca divina parla in me!

E, posti gli occhi su di te, dico sussurrando:
“Ah ! Possono volare mondi, morire astri,
Che tu sei come Dio: principio e fine!”

(Fanatismo -Florbela Espanta)

Anais:
L’amore èabbastanza grande da includere una frase letta in un libro, la linea di un collo visto e desiderato tra la folla, un viso amato e desiderato visto al finestrino di un metrò che sfreccia via. E’ grande abbastanza da includere un amore passato, un amore futuro, un film, un viaggio, la scena di un sogno, un’ allucinazone, una visione.

(Saggezza - Anais Nin)


Florbela:
Bevo la vita, la vita, a sorsi lunghi
come un divino vino di Falerno,
posando in te il mio guardare eterno
come le foglie fanno sopra i laghi...

I miei sogni ora son più vaghi,
il tuo guardare in me oggi è più dolce...
E la vita adesso non è il rosso inferno
tutto di parvenze tristi e di presagi.

La vita, Amore mio, voglio viverla!
Nella stessa coppa, alzata nelle tue mani,
avremo bocche unite a berla!

Che importano il mondo e le illusioni defunte?
Che importano il mondo e i suoi orgogli vani?
Il mondo, amore? Le nostre bocche giunte!

(Il nostro mondo di Florbela Espanca)

Anais:
“Una persona vede sempre e solo giganti, significa che sta ancora guardando il mondo con gli occhi di un bambino”

(Anais Nin)

martedì 3 marzo 2009

Helena



Helena desiderava molto, per vendetta o per amore, provare il gusto di un’ altra bocca. Assai stanca, umiliata, un ombra vagante nella cascina decadente. Non sapeva niente, si sposò a diciotto anni con un uomo che poteva essere suo padre. Sei anni passati e si era ritrovata massaia e qualche volta moglie.

Annusando la varechina, vestendo sempre stracci e sfregando il pavimento macchiato. Quel giorno sarà differente, aspettò che il marito uscisse e prese la saponetta comprata di nascosto. Fu una soddisfazione usare il suo rasoio per depilarsi le gambe, le ascelle e il pube. Rise mentre toglieva l’ affilatura della lama, lui sempre gridava ai quattro venti che era un uomo “all’ antica” e non ammetteva le Bic. La vasca rimase piena di peli e lei se ne infischiò. Usò l’ avanzo della colonia e sorrise davanti allo specchio giallognolo.

In quel luogo niente era idoneo. Dalle tubature alle pentole ereditate dalla suocera, tutto era fatiscente. Spazzatura. Il postino arrivò alla solita ora e cominciò ad infilare le buste nella cassetta. La donna spalancò la porta, nuda e con un sorriso provocante. Da molto si scambiavano sguardi, il massimo dell’ intimità accadde a Natale quando timidamente, lei gli donò una busta con la mancia. Toccò con la punta delle dita le mani minute della ragazza tanto bella e maltrattata.

Adesso erano appena i due in quella impazienza tormentosa. C’ era il pericolo di essere sorpresi e rapidamente era dentro lei. Muovendosi frettolosamente, pretendeva venire ed allontanarsi da quel posto il più presto possibile. Non importava quanto lei fosse eccitante, non avrebbe mai immaginato tanta dolcezza, perse la nozione del tempo. La visione del corpo abbandonato sul tavolo, completamente alla “mercè” dei suoi desideri era irresistibile. Ripeteva a bassa voce il nome, appassionato e baciandola Helena, dentro a Helena, respirando il profumo di Helena…Helena…Helena…Helena…


**********
Nessuno ama il tradimento
Un’ ombra si avvicinò alla casa. Fece un giro ed entrò dal garage, che era aperto.
Il tradimento non sarà perdonato. No certo.
La porta della sala si aprì. L’ offesa sarà vendicata.
La scure si abbattè per lo meno sette volte. Il grido giunse alla prima, che troncò una gamba.
La seconda troncò un braccio.
La terza troncò l’ altra gamba.
La quarta troncò l’altro braccio.
La quinta mozzò una delle cosce.
La sesta troncò una delle spalle.
La settima pose la scure affondata nell’ addome.
Lo sguardo iniettato di sangue cadde sopra il postino. Nel suo ultimo alito, pronunciò il nome di lei. Ora sarebbe tutto ricominciato nuovamente.


Giselle Sato & Pedro Faria (trad. Maurizio Gennari)
Testo Originale: Helena

Liliane






Nunca entendi o universo masculino e suas mil uma noites. Quando conhecem uma mulher decidida e consciente de seus desejos, começam a erguer montanhas de impedimentos: Ah! Se é tão boa assim, deve ter tido muitos amantes ...É frase mais que batida. Diria ultrapassada. E ainda existe o conceito da santa que partilha o leito conjugal. Como se fosse possível afogar anseios, fantasias, vontades e tesão. Encarnar a pudica que aceita e cumpre os deveres matrimoniais é comum. Difícil é controlar a fantasia com o ator da novela das sete.

Sexo é tão normal quanto tomar banho e beber água. Mas não me importo com comentários maldosos porque me visto e vivo como uma puta. Há uma desclassificada que mora dentro de mim e adora se exibir... E ela é muito interessante e adora viver.É assim que ganho as ruas e caminho atraindo olhares. É puro instinto e eu adoro ser mulher...Unhas vermelhas, baton, sapatos e bolsas.


Acho que os machos evitam encarar uma fêmea decidida. A mulher que não se contenta com pouco e diz: faz deste jeito porque é assim que eu gosto. . Eu quero muito, sempre quis e não vejo porque esconder meus desejos. Foi assim que conheci Vítor e no mesmo instante senti que ele tinha a famosa ''pegada''... Tudo bem que ele exalava um odor irresistível: Perfume, suor e hormônios. Mistura perfeita aliada a algumas tequilas. Confesso que joguei os cabelos, desfilei pelo deck do barzinho como se fosse passarela e no final encarei com um sorriso: E aí? Está esperando o que?

Cinco minutos e estávamos trocando altos beijos. Dez minutos e minha mão descobriu que ele estava super excitado. Vinte minutos e foi a vez dele delirar com a ausência da calcinha... Meia hora foi o tempo exato para decidirmos, que não dava para continuar no local. Enquanto ele tentava dirigir e manter os dedos entre as minhas pernas, segurei o volume da calça com uma pequena pressão. Pelo gemido entendi que Vítor estava gostando, abri o zíper e deslizei minha mão em concha.

Encontrei um membro macio e duro, suspirei imaginando tudo aquilo dentro de mim. Adoro sentir um pau gostoso na boca, descobrir os pontos de prazer, explorar até o limite e provar o doce do sabor. Insisti até Vítor me puxar pelos cabelos:

- Espera.

- Mas eu quero agora. Deixa vai...

Ele suspirou e estacionou o carro na rua movimentada. O vidro filmado impedia a visão dos transeuntes. Sinceramente pouco me importava, naquele momento eu era a extensão daquele pênis. Nada me deixa mais satisfeita, que o brilho da entrega refletida nos olhos do amante. Vitor tocava meus cabelos, forçando minha boca a engolir quase tudo:- Calma! Sei o que estou fazendo.

- Desculpe. Não costumo gozar assim, gosto de dar uma caprichada. Estou louco pra te levar pra cama...

- Relaxa.

Enquanto esfregava a glande em meus lábios, brincava com a língua ao redor, subindo e descendo. Decidi me concentrar na pontinha e descobri que Vitor não agüentaria uma segunda lambidinha.
Perdendo o controle, ele gemeu alto e senti a boca inundada. No instante seguinte, senti a ponta daqueles dedos, como pinças apertando meu ponto mais delicado. Foi um gozo molhado que me deixou sem ar...Uma agonia que ele prolongou movendo e alternando a intensidade.

Respiramos fundo satisfeitos com o ''petit aperitife'': - Menina doida, moro uma quadra adiante...a polícia passa toda hora. Vamos lá pra casa...

- Então estamos perdendo tempo? Não quero ir pra sua casa.

- Liliane! Não entendo o que está querendo.

- Um desafio, um jogo, o que você acha do túnel ? Podíamos parar entre as pilastras.

- Enlouqueceu. Vamos ser presos, sinto muito...É demais!

- Tudo bem. Então vou descer aqui mesmo. Valeu.

- Menina, não posso te largar esta hora no meio da rua. Vou te levar pra sua casa.

- Não obrigada. Minha noite ainda não terminou.

Vítor contornou o automóvel e parecia bem irritado. Rapidamente puxou-me pela cintura e saiu arrastando em direção ao carro. Fiz corpo duro, fingi resistir, xinguei e finalmente ele entendeu: Encostados na porta em um abraço apertado, começamos a nos beijar outra vez, estávamos realmente excitados e sentíamos aquela urgência dolorosa. Encaixada no meio das pernas de Vítor, roçava meus quadris ondulando movimentos, sentindo a mão dele guiando minha bunda. Quando ele mordeu meu pescoço e ombros, soltei um gritinho de satisfação.

Acho que neste momento, Vítor se soltou e colou a boca por cima da blusa fininha. Desci as alças e ele sugou o bico do seio com força. Suspirei enquanto minhas mãos apertavam cada músculo daquele corpo malhado, moreno, suado:- Sou viciada em adrenalina. Não rola de outro jeito, mas não vou ficar chateada se não quiser vir comigo. Ri debochada e tirei a blusa mostrando o top pequeno. Apontei com um dedo uma manchinha roxa no ombro esquerdo.

Não havia mais volta e ambos queríamos o máximo sem inibições. Sorrimos cúmplices e entramos no carro. Embaixo do viaduto, entre as pilastras mal iluminadas, descemos sem uma única palavra. Ele empurrou meu corpo sobre o capô e me penetrou rapidamente. Senti que era completamente preenchida, cada movimento tocava fundo e aquele lugar me enlouquecia. Os carros passavam em alta velocidade e não se davam conta do que ocorria. Um ou outro motorista enxergava alguma coisa mas não havia com parar. O medo de sermos pegos, o proibido e todo o clima que nos envolvia eram fortes demais. Gozamos juntos em pouco tempo. Quase imediatamente um carro de ajuda mecânica aproximou-se.

Estávamos vestidos e com a cara mais limpa do mundo, Vítor disse que sentiu o pneu trepidar como se estivesse furado e estava apenas checando. Tudo esclarecido, partimos rindo com crianças travessas:- Conseguiu o queria estou tremendo até agora.

- Puxa Vítor! Então está arrependido?

- Claro que não! Só não sei se vou conseguir seguir tuas loucuras.

- Vamos deixar o tempo responder... É assim que eu gosto. Se quiser...é assim que eu gosto. Mas acho que você gosta também.

Ele agora ria despreocupado, mal imaginava o que eu estava planejando. Vítor seria o parceiro perfeito, não costumo errar...ainda confio nos meus instintos.




Giselle Sato

Quando tu mi baci


Quando tu mi baci penso nello zucchero filato colorato sciogliendosi nel cielo della mia bocca.

Bevendo il tuo sapore e sentendo la tua lingua che scivola soave e curiosa.

Quando tu mi tocchi, sento il calore del sole bruciando la mia pelle e colmandomi di vita.
E sono tanti i desideri segreti, ancora non realizzati,sogni non condivisi
Che bisognerebbe fermare il tempo, ogni volta che siamo insieme.

Il mio sesso, il tuo sesso, piaceri, delizie e promesse. Incastro perfetto in movimenti e curve, mani senza nessun pudore pretendendo risposte.

Dandomi il tuo seme mi ecciti. Dentro di me tanto caldo, un pò di te che mi invade…scorre…

Sentire il tuo piacere mi calma. In questo momento mi sento più forte.

Femmina

Spudorata

Donna

Fanciulla

Moglie

Amante

Affettuosa

Bramosa

Soddisfatta quando vedo i tuoi occhi , riflettere la luce dei miei…nell’istante dell’ abbandono.


Giselle Sato (trad. Maurizio Gennari)

Testo Originale: Quando voce me beija

lunedì 2 marzo 2009

Vetrina







Compra il libro.

Recensione- Meninas Malvadas


Recensione- Meninas Malvadas



E’ possibile scrivere un testo erotico e allo stesso tempo, conservare il buon gusto? Usare la sensualità come alleata e raccontare storie gradevoli?

Giselle Sato, dice che si può. Di più: propone di spiare dal buco della serratura e lasciare le inibizioni a lato. Reali o immaginarie la scrittrice lo manifesta.

Esistono percorsi, dettagli del quotidiano, che generano la lettura molto interessante. Se il lettore si identifica con qualche personaggio, è libero di proseguire.

Per la scrittrice, il sesso va molto oltre l’ aspetto fisico, è nella immaginazione di ogni persona. Così che tutto è permesso. Tradimenti, vendette, feticci, tare, romanzi e fantasie. Scene del momento, desideri celati nel fondo del cassetto. Sono ritratti che danno vita a un quadro delizioso. Intenso e attuale.

Il sesso è un tema che apre un mondo di opzioni. In definitiva nella storia lo troviamo presente in ogni forma di arte. Il proibito, quello che sta dissimulato è la cosa che ci eccita. Ciò che esiste molto di più dell’ esplicito, agisce come un impulso. Ne siamo attratti naturalmente.

“Meninas Malvadas”, è un libro erotico. Lo stile disinvolto della scrittrice, presenta trame temperate di humor, terrore, suspense e tragedie. I personaggi di questo libro se ancora non sanno che cosa vogliono, lo stanno scoprendo nel cammino.

Sono donne audaci, conoscono il proprio corpo e i propri desideri. Passeggiano con il preservativo nella borsa e scelgono il compagno,senza paura di essere felici. Sonia, Jana, Angel e molte altre…

In comune: la spudoratezza di sapere come” raggiungere il piacere”.

Dove si trovano queste donne, che abbracciano il mondo con le gambe e amano le piccole scelleratezze?

È necessario osservare con attenzione. Chi lo sa, sedute in qualche caffè, nascoste dal libro “Meninas Malvadas” osservando il via vai delle persone…

La presentazione è fatta: stenditi e rallegrati. Il divertimento è garantito, il piacere è tutto tuo…

Allian Morroz - Editore


http://www.overmundo.com.br/banco/meninas-malvadas-giselle-sato

http://www.portalliteral.terra.com.br/lancamentos/meninas-malvadas-1

http://www.panoramaregional.com.br/




Trentun ragioni per sorridere



Esistono cose piccole, suoni, profumi e sapori che noi usiamo come ricordi felici.
Sono capaci di toccar il cuore con un’ impronta speciale a volte inopportuna,
quale sarà la richiesta nel baule dei ricordi:



1 –la musica della nostra vita
2- le risate più felici
3- la fresca brezza mattutina
4- una corsa sull’ erba a piedi nudi
5- bagno nella schiuma e asciugamano morbido
6- sesso eccitante con qualcuno speciale
7- quella telefonata inaspettata
8- lenzuola bianche e profumate
9- pomeriggi tiepidi d’ estate
10- sogni felici realizzati
11- la prima pioggia dell’ anno
12 - abbracci spontanei
13- un ballo con la “tua “ musica
14- gelato nel cono
15- film che no ti scorderai mai
16- divano, libri , riviste e il quotidiano della domenica
17- viaggi da sogno
18-camminare in mezzo alla gente
19- foto... le mie!
20-il profumo più buono
21- il piatto indimenticabile
22- nuotare nell’ acqua azzurra
23- il primo amore
24- sfide concretizzate
25- vento di libertà
26- rincontrarsi
27- il “gioco” di quando eri bambino
28- essere stato”l’attore principale”
29- amici e “casino”
30- famiglia e serenità
31- il battito del cuore

Giselle Sato ( Trad. Maurizio Gennari)

Testo Originale: Trinta e uma razoes para sorrir

Tradimento



Mentre stava camminando nelle strade di Botafogo, Gloria pensava alla vita.
Si sentiva sollevata e felice. Aveva lasciato Claudio da pochi minuti e già ne sentiva la mancanza. Al principio pensava che non sarebbe andata avanti. Avevano gusti tanto differenti. A lui piaceva ballare, a lei leggere, lei voleva innamorarsi e lui non sapeva quello che voleva. Ma ambedue adoravano il sesso.
Questo fu il punto decisivo della relazione. Gloria non si era mai innamorata di un uomo “mignon” fino a conoscere Claudio. Basso, magro e perfetto sotto tutti gli aspetti. L’apparente delicatezza del fidanzato la lasciava pazza di desiderio.

Letteralmente, desiderava divorarlo totalmente. Era appassionata. Gambe, culo, seno e cosce in abbondanza componevano la prosperosa bassina.
Allegra e molto divertente, per di più con un immenso appetito di tiri mancini. Decise di tornare indietro.
Avrebbe fatto una sorpresa e si sarebbe tolta il dubbio che gli stava in gola. Claudio aveva praticamente collocato Gloria fuori dell’ appartamento.

Il portinaio già la conosceva e lei salì senza essere annunciata. Suonò il campanello insistentemente. Niente. Telefonò e udì il cellulare squillare.
Suonò fino all’esasperazione. La porta semiaperta, l’innamorato con l’ espressione di colpa, fingendo stupore:


-Amore, cos’è successo? Stavo dormendo.

-Perché non mi lasci entrare?

-Aspetta un momento, scendiamo a parlare.

-Penso che sia meglio che tu apra e io entri, i vicini stanno già aspettando il casino.


Dalla porta semiaperta vide una donna spaventata tentando di nascondersi in veranda. Non c’era stato niente che giustificasse il tradimento. L’ altra era una persona comune,senza stile e anche bruttina:

-Manda questa troia via di qui, cinque minuti e sto già contando.

L’ altra uscì frettolosamente, completamente in disordine. Claudio molto nervoso e impacciato non si aspettava questa reazione:

-E adesso, Gloria? Vergogna! Spiando per la lente della porta.

-Spiritoso, quando fai le tue scemenze non pensi che potrebbe succedere? Da dove è uscita questa cosa? E’ la tua donna di servizio? Quella a ore che non hai mai voluto che conoscessi?

-No. Era soltanto una amica che mi è venuta a trovare, Tu vedi malignità in tutto, non si riesce neanche a spiegare.

-Lei era nella Jacuzzi con te. Il pavimento è tutto allagato. I capelli della troietta hanno lasciato la scia in salotto. Bugiardo! Non capisco. Perché questa necessità di tradimento?

-Non riesco a spiegare. L’ho conosciuta nella scuola di ballo. Una ragazzina interessante, è venuta per parlare e mi ha chiesto di provare l’ idromassaggio.

-E tu non hai potuto negarglielo alla poverina. Capisco… Sai cosa c’è di peggio? Non ho ancora fatto con te la metà di ciò che avevo volontà di fare sai? Questa insicurezza, sempre diffidente, i tuoi timori…..


Claudio era molto simpatico. Attraeva le donne come una ciotola di miele. Era premuroso e stimolava quell’istinto di protezione a tutte senza dimostrare di esserne però sguarnito.

-Tu sei un’impostore della peggior specie. Tu, per me, sei morto.

-Non sono morto, sono qui. Puoi urlare, insultarmi, fallo dai. Merito di ascoltare le cose peggiori. Ma prima spiegami questa storia delle tue volontà represse.

-Adesso non mi interessa più. E’ tardi. Non voglio fare più niente.

-Ma forse, chissà, è questo che mancava. Non abbiamo mai parlato di questa cosa.

-Guarda qui, non ti è mai importato e per me non sarebbe brutto.

-Ma non era bello. Che cosa mancava?

- Ah, Claudio. Mancava più aggressività. Tu mi tratti come una principessa delicata, mi piace il sesso più selvaggio, capisci?

-Spiegati meglio, sta cominciando a essere interessante.

-Tipo, tu essere più autoritario, dominarmi. Mi piace sentirmi sottomessa.

-Dai togliti i vestiti. Ti farò vedere che cosa piace anche a me.


Gloria era furiosa. E molto eccitata. Neanche tolse il vestito e si sentì abbracciata forte. Le mani di Claudio scendevano sul suo corpo stringendo la sua pelle. Il bacio fu penetrante, lungo, percorrendo le bocche affrettatamente. Bacio madido, delizioso, la lingua toccando il palato con dolcezza.
Spudorato aprì il pube. Strinse il clitoride tra le dita domando un gemito acuto, trattenuto dalla bocca che mordicchiava. Labbra, viso, collo, seno…
Gloria strinse il pene turgido dell’ innamorato con voglia, Sentì che fremeva pieno di desiderio. Fu forzata a scendere e sentì il cazzo che gli riempì la gola.Bloccata quasi soffocò con lo sforzo di continuare i movimenti.

Praticamente si trascinarono fino al tappeto del salotto in un continuo di succhiotti e morditine. Avevano perso l’ inibizione, rimaneva l’ istinto.
Claudio prese il vibratore. Cominciò ad usarlo sulla donna in tutte le maniere. Alternava il giocattolino con la lingua e le dita. Gloria era in cielo. Mai era venuta tanto:


-Non sapevo che ce l’ avevi Claudio, perché non l’abbiamo mai usato?

-Non so, pensavo che non avresti capito.


Per la prima volta un anale insieme al vibratore nella frequenza massima infilato nella vagina. Sculacciate sul culo contratto. Gloria gemette, piena di piacere:

-Era questo che volevi? Parla, mia cagna in calore, mia cagna eccitante…

Le prime parolacce e maltrattamenti avevano avuto effetto. La coppia finalmente era riuscita a liberare i desideri. Praticarono tutte le possibilità, senza censura o razionalità.
Gloria vide l’ innamorato esausto e distrutto. Non si sarebbe svegliato tanto presto, e quando lo avrebbe fatto lei sarebbe stata lontana. Quella scopata era soltanto per fargli sentire ciò che aveva perso.

A parte l’amore, si sentiva umiliata per il tradimento e immaginerebbe di essere sempre ingannata. Chiuse l’uscio dell’ appartamento sbattendo con forza ed uscì per non tornare mai più.
All’ ultimo istante decise di prendere il vibratore … Le era piaciuto tanto.



Giselle Sato- ( Trad. Maurizio Gennari)
Testo Originale: dal libro "Meninas Malvadas"

You Tube